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junho 2021

Uma história oral das livrarias de rua no 1º ano da pandemia

Escrito por Guilherme Sobota | Imagens: Luísa Vasconcelos – Suplemento Pernambuco

Mat. Capa 3 Luisa Vasconcelos junho.21

No distante mundo pré-pandemia, uma crise assombrava o mercado editorial brasileiro. Seu roteiro: a recuperação judicial das grandes redes nacionais de livrarias, a agressividade injustificada da empresa do homem mais rico do mundo, problemas e omissões por parte do Governo Federal na compra de livros e a falha estrutural de sempre do Brasil em formar leitores. Quando estoura a atual crise humanitária sem precedentes no contemporâneo, com o Brasil já mergulhado em um sentimento anticultural talvez inédito, o roteiro, que já era sombrio, ganha contornos ainda mais assustadores. E as livrarias independentes — o elo mais frágil de uma cadeia já fragilizada — sofrem um baque enorme.

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Precisamos retomar a coragem de maio de 1968

27/05/2021

Por
Sofia Schurig e Alexandre Ramos

Em maio de 1968, uma manifestação de estudantes e professores contra a invasão policial na universidade incendiou toda a França durante 7 semanas com protestos, greves e ocupações de universidades e fábricas. Com as ruas conflagradas com manifestações e barricadas, a economia do país parou e o governo começou a temer uma revolução.

As barricadas multiplicam-se e consolidam-se com blocos de concreto, andaimes e até arames de ferro, atingindo dois metros de altura. Enquanto o Quartier Latin está bloqueado por todos os lados, tanto pela polícia quanto pelos manifestantes, a atmosfera fica ainda mais tensa. Wikimedia Commons.

Em 2 de maio de 1868, estudantes da Universidade de Nanterre fizeram um protesto contra a divisão dos dormitórios entre homens e mulheres e a prisão de estudantes franceses que se opunham à guerra do Vietnã. A agitação se espalhou pelo país quando, em Paris, cerca de 600 estudantes foram presos dentro da Universidade de Sorbonne após um protesto. A União Nacional dos Estudantes da França (UNEF) – que é, ainda, o maior sindicato estudantil do país – e o sindicato dos professores universitários convocaram um protesto contra a invasão policial onde mais de 20 mil alunos, professores e trabalhadores marcharam em direção à universidade e, em pouco tempo, foram atacados. Centenas de alunos e professores foram presos. No dia seguinte, sindicatos de alunos do ensino médio uniram-se ao protesto e pediram a retirada de todas as acusações criminais, assim como a reabertura da universidade – que se encontrava isolada pela polícia. 

Em 10 de maio, dia também conhecido como a “Noite das Barricadas”….

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