Opção por realizar debates dentro da igreja e curadoria com mais diversidade renovaram o evento

Pode parecer uma contradição. Mas ao transferir o palco principal da programação para dentro de uma igreja, a Festa Literária Internacional de Paraty (Flip), que acaba neste domingo, se dessacralizou. No popular, desceu das tamancas. Perdeu o ar de coisa inatingível. É que nas edições anteriores, a imponência das tendas construídas especialmente para o evento e a luminosidade baixa presente nesses espaços temporários acabava fazendo, muitas vezes, com que os autores parecessem seres de outro planeta. Ao organizar as mesas dentro da igreja da Matriz, um espaço cheio de luz e muito mais despojado – apesar de estarmos falando de um templo religioso –, os escritores e suas falas se aproximaram do público.
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